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FOME OU VONTADE DE COMER?!


A alimentação tem como função primária a supressão das necessidades energéticas, no entanto são vários os fatores que a podem influenciar, não é só uma questão de comer para sobreviver.


Como seres sociais que somos, as questões emocionais e sociais vão ter um papel de grande importância. Caso contrário, refeições fora de casa, com amigos ou até aqueles dias mais difíceis não teriam qualquer repercussão na alimentação, tanto na quantidade como na qualidade. Mas a vida é também feita desses momentos, o que tem um lado negativo é a alimentação ser um constante escape.


Quem nunca depois de um dia cansativo e difícil sentiu muita vontade de comer algo “fora da linha”?



Assim, pode-se falar de fome fisiológica/física que é desencadeada por uma cascata de reações, nomeadamente pela libertação de grelina (produzida pelo estômago após períodos de jejum longos) e que apresenta sinais físicos como desconforto abdominal, fraqueza, dor de cabeça.

Neste caso, a ingestão alimentar consegue ser mais ponderada e intencional.


Por outro lado, a fome emocional não dependente da necessidade fisiológica (de sentir efetivamente fome), mas esta, também está relacionada com uma resposta hormonal. A libertação de dopamina, hormona que nos dá sensação de prazer e felicidade, é libertada com a ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar.


Assim, caracteriza-se por uma vontade súbita de comer, muitas vezes como um mecanismo de recompensa de emoções mais negativas - quando comemos as

emoções. No entanto, a sensação de felicidade acaba por ser momentânea e pode transformar-se num sentimento de culpa e arrependimento, gerando uma “bola de neve” de culpa e recompensa.


As sensações que levam a este comportamento, também, podem ser reflexo de uma alimentação desequilibrada, défices vitamínicos e minerais, por exemplo défice de ferro causa cansaço, fadiga, letargia.


Este comportamento pode ser algo pontual, mas pode retratar/evoluir para um cenário mais complexo.


Todos devemos e podemos comer fora do que seria o mais adequado, comer o docinho, a refeição de fast-food (ou outra opção menos equilibrada) num jantar, num convívio, porque naquele dia apetece, porque é mais uma exceção do que regra, outra é quando estes alimentos servem como compensação de estados negativos.


Para contornar esta situação é importante descobrir a causa emocional deste

comportamento, o que faz estar num estado de procura constante de reconforto na comida.


Ficam, também, algumas estratégias, não existe uma estratégia padrão ou ideal para todos, cada um deve explorar e encontrar a sua:

  • Definir e manter horários de refeições;

  • Fazer refeições completas, em detrimento de ir petiscando;

  • Fazer lista de compras e planeamento das refeições;

  • Ter uma boa higiene do sono;

  • Praticar exercício físico regularmente – promove a libertação de serotonina que estimula o bem-estar físico e mental;

  • Evitar ter em casa / acessíveis alimentos ricos em gordura e açúcar, aqueles que sejam maior gatilho para este comportamento;

  • Descobrir distrações alternativas à comida que tragam bem-estar como a leitura, meditação, conversa, filme, passeio, novo hobby;

  • Procurar ajuda de um psicólogo e trabalhar num melhor conhecimento pessoal.


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Inês José Santos Nutricionista Cédula Profissional 4233N


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