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TESTES DE INTOLERÂNCIA ALIMENTAR? FUJA DELES A SETE PÉS.


Quem é que não gostaria de saber que alimentos tolera melhor e aqueles com os quais não nos sentimos tão bem? Pois bem! Toda a gente certo? Talvez por isso seja fácil as pessoas ficaram aliciadas com este tipo de "charlatanice". 


A verdade é que não existe evidência científica sobre a validade deste tipo de teste, nem para os testes sanguíneos (realizados por laboratórios de análises clínicas) nem para os VEGA test (realizados em farmácias/parafarmácias e lojas associadas a venda de produtos naturais).


Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica "os testes supracitados não têm qualquer fundamentação científica, não têm utilidade diagnóstica e a sua realização e interpretação no âmbito clínico podem configurar elementos de má

prática, não devendo igualmente receber qualquer tipo de comparticipação pelos sistemas de saúde”.  Haverá entidade mais credível para emitir um comunicado deste tipo? Claramente não.


Afinal em que tipo de metodologia se baseiam estes testes?  Através deles conseguimos analisar a concentração de anticorpos Imunoglobulinas G4 (IgG4) para as proteínas de cada alimento. As IgG4 são produzidas pelo nosso sistema imunitário como forma de reconhecimento às proteínas dos alimentos que consumimos. O quê que isto quer dizer?  Alimentos consumidos frequentemente fazem aumentar a concentração destas IgG4. Em quê que isso se vai traduzir? O teste de intolerância alimentar vai  classificar como impróprios os alimentos que mais gostamos porque são aqueles que à partida mais consumimos.


Todos sabemos que infelizmente tudo que dá dinheiro continua a ser promovido, de forma errada, mesmo por profissionais de saúde. Todos os profissionais de saúde devem basear a sua prática clínica em evidencia cientifica! Infelizmente isso nem sempre acontece, dando azo a mais mitos sobre a nutrição e a sua prática clínica.

Segundo o conselho  Jurisdicional da Ordem dos Nutricionistas "os nutricionistas que aplicam este tipo de testes estão a exercer a profissão sem a devida sustentação científica, não respeitando os interesses do cliente, pelo que atuam em violação do preceituado no Código Deontológico da Ordem dos Nutricionistas, não prestigiando nem dignificando a profissão."

Existe então forma de diagnosticarmos uma possível intolerância alimentar? 


A melhor forma será mesmo fazermos um diário do nosso consumo alimentar. Quem tem intolerância alimentar costuma apresentar os sintomas poucas horas após ter consumido determinado alimento. As próprias quantidades também são importantes uma vez que a sintomatologia é dose-dependente . Em pequenas doses podemos até nem sentir desconforto. Depois de percebermos quais os alimentos que após o consumo se torna habitual o desconforto nas horas seguintes devemos começar por reduzir a sua frequência na alimentação (durante 2 semanas) e depois voltar a re- introduzi-lo e avaliar os possíveis efeitos.



Fique atento :)


Aconselhe-se connosco.

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JOANA SANTOS Nutricionista


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